08/05/2023
Em 2022, foram mais de 256 mil atendimentos. Os médicos explicam que, com o fim do isolamento social, os idosos passaram a sair mais de casa, e muitos com uma condição física pior.
O número de atendimentos de idosos vítimas de quedas acidentais disparou no último ano na rede pública.
Pelo menos uma vez por semana a equipe de saúde bate na porta da dona Joana, no Extremo Sul da capital paulista. Assim como ela, outros seis mil pacientes fazem parte do “Programa Acompanhante de Idosos" da prefeitura de São Paulo. São pessoas com mais de 60 anos que estão em situação de vulnerabilidade social ou que não têm alguém para ajudar no dia-a-dia.
Foi com a equipe do programa que a dona Joana aprendeu os cuidados que precisa ter em casa para evitar acidentes. No chão, nada de tapetes e o piso do banheiro tem que estar sempre seco. Isso depois que ela sofreu uma queda em casa que resultou em dois ossos quebrados e 20 dias de internação.
“Agora que eu tenho cuidado. Eu tomei medo, sabe? Eu fiquei assustada”, conta a aposentada.
O número de idosos que procuram os hospitais e postos de saúde de todo o país depois de sofrerem quedas aumentou em quase 20% em um ano. Em 2022, foram mais de 256 mil atendimentos na rede pública.
Os médicos explicam que, com o fim do isolamento social, os idosos passaram a sair mais de casa. E muitos com uma condição física pior.
“Os idosos foram os que menos saíram de casa, e eles só iam para o hospital realmente durante a pandemia se tivessem muito mal. Muitos deles falam para gente: ‘Olha, eu fazia ginástica de 3 a 4 vezes por semana, saia para caminhar...’. Durante a pandemia eles pararam de fazer isso completamente. Parando de fazer isso, a musculatura que vai perdendo a força com o envelhecimento teve um decréscimo ainda maior”, explica o fisiatra.
Aos 90 anos, a dona Thieko está se recuperando de um tombo que levou em casa. Ela sofreu uma fratura no fêmur e teve que ser operada. Foi a terceira vez que ela se machucou caindo. Lá se vão seis meses da cirurgia e o neto conta que ela, mesmo fazendo fisioterapia, ainda não recuperou todos os movimentos.
“Aos poucos, com a fisioterapia, foi sentando, fazendo os exercícios, foi começando a andar com o andador. Na próxima consulta já pode ter alta”, diz Camilo Masuko, massoterapeuta.
Dica da FAP/DF : Para estar mais por dentro das questões que envolvem aposentadoria, direitos previdenciários, sobre questões do INSS e denúncias, entre em contato conosco, que faremos o possível para lhes informar e lhe ajudar.
atendimentofapdf2@gmail.com/ (61) 3425-3209 / whatsapp: (61) 9.9928-8185 ou acesse nosso site www.fapdf.org.br e fique informado sobre as notícias do dia.
Fonte: G1
FAP/DF